Câncer de pele é o mais comum no Brasil; entenda sintomas, tipos e formas de prevenção
17/09/2025
(Foto: Reprodução) Mutirão de prevenção e diagnóstico de câncer de pele oferece exames gratuitos à população em Presidente Prudente
Hospital Regional de Presidente Prudente
O câncer de pele é o tipo mais comum de tumor maligno no Brasil e está diretamente ligado à exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV), emitidos pelo sol. A radiação danifica o DNA das células cutâneas e pode levar à formação de tumores, que juntos respondem por cerca de 193 mil novos casos por ano no país, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Detectar a doença ainda no início aumenta bastante as chances de sucesso no tratamento, sobretudo no caso do melanoma, considerado o tipo mais agressivo.
Existem dois grandes grupos de câncer de pele: o não melanoma e o melanoma. Os tumores não melanoma, mais frequentes, dividem-se em carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro cresce lentamente e costuma aparecer como um nódulo rosado em áreas expostas ao sol, como rosto e pescoço. Já o segundo tende a se desenvolver mais rápido, com feridas que não cicatrizam após semanas. Ambos estão fortemente relacionados à radiação solar e exigem atenção médica desde os primeiros sinais.
O melanoma, embora represente apenas 3% dos casos, preocupa por sua agressividade e potencial de metástase, quando as células cancerosas se espalham para outros órgãos. Ele costuma surgir como pintas escuras que mudam de forma, cor ou tamanho com o tempo. Para identificar riscos, médicos utilizam a regra do “ABCDE”: assimetria, bordas irregulares, cores variadas, diâmetro acima de 6 mm e evolução da lesão. Homens tendem a apresentar melanomas no dorso e mulheres nas pernas, enquanto em pessoas negras e asiáticas são mais comuns em mãos e pés.
Além da exposição solar, fatores como histórico familiar, presença de muitas pintas e o uso de medicamentos imunossupressores — comuns em pacientes transplantados — aumentam o risco da doença. A observação regular da própria pele é um passo fundamental na prevenção e diagnóstico precoce. Consultas periódicas com dermatologista e exames como dermatoscopia e mapeamento corporal auxiliam na detecção de alterações suspeitas antes que a doença avance.
O tratamento depende do estágio em que o câncer é descoberto. Na maioria dos casos, a cirurgia para remoção da lesão é suficiente para a cura, principalmente quando feita precocemente. Em situações mais graves, como no melanoma avançado, podem ser necessárias terapias adicionais, incluindo imunoterapia — que estimula o sistema imunológico a combater as células malignas — ou medicamentos orais específicos para mutações genéticas. A prevenção, no entanto, segue como a melhor estratégia: uso diário de protetor solar, roupas adequadas e evitar exposição excessiva ao sol são medidas essenciais para reduzir os riscos.