Corte de árvore centenária na Ponta Negra gera debate e repercussão em Manaus
23/12/2025
(Foto: Reprodução) Árvore é cortada na Ponta Negra e gera polêmica nas redes sociais.
Manaus de Antigamente
O corte de uma árvore na orla da Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus, gerou grande repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões nos últimos dias. Imagens que circulam na internet mostram a retirada do exemplar e provocaram questionamentos de moradores, ambientalistas e frequentadores da área sobre os impactos ambientais da ação.
Nas redes socais, internautas cobraram explicações e destacaram a importância da arborização para o equilíbrio ambiental, a paisagem urbana e o conforto térmico da região.
“Cidade atrasada, provinciana, sem planejamento e estrutura, e sem desenvolvimento”, criticou um usuário. Outro comentou: “Plantem em outro lugar”.
Segundo relatos que circularam na internet, a árvore retirada seria uma samaúma, espécie centenária que pode ultrapassar 60 metros de altura e é considerada importante para o ecossistema amazônico, servindo de abrigo e alimento para diversas espécies. Também é protegida por povos indígenas e utilizada para fins medicinais.
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Usuários afirmam que o exemplar seria o último remanescente de centenas de árvores que existiam na área onde hoje está localizada a Praia da Ponta Negra, um dos principais cartões-postais de Manaus, que recebe diariamente grande fluxo de pessoas.
O g1 questionou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) sobre o corte. Em nota, a pasta informou que autorizou a retirada da árvore localizada no estacionamento de um estabelecimento comercial no bairro Ponta Negra.
Segundo a Semmas, a decisão foi baseada em avaliação técnica e fitossanitária, que apontou óbito fisiológico da árvore.
Durante a vistoria, foram identificados desprendimento avançado da casca, exposição do lenho, ausência de tecido cambial ativo, copa totalmente desfolhada e necrose generalizada dos ramos.
A secretaria informou ainda que os galhos estavam apodrecidos, com perda de resistência mecânica e queda espontânea, o que representava risco iminente à segurança das pessoas. Diante do comprometimento estrutural irreversível e da inviabilidade de recuperação, a supressão foi considerada a medida tecnicamente indicada.
A Semmas afirmou que a autorização foi emitida para o corte de árvore isolada, conforme previsto no plano diretor de arborização urbana, e que a ação seguiu as normas ambientais vigentes, com foco na proteção da população e do patrimônio.