Fazendeiro de MG é condenado a 14 anos por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro
08/12/2025
(Foto: Reprodução) Fazendeiro afirma que bolsonaristas estavam defendendo patrimônio público em Brasília
O fazendeiro Fernando Junqueira Ferraz Filho, de Leopoldina, na Zona da Mata mineira, foi condenado a 14 anos de prisão por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação, que deve ser cumprida em regime fechado, foi definida na última terça-feira (2). Confira o detalhamento:
12 anos e 6 meses de reclusão;
1 ano e 6 meses de detenção;
100 dias-multa, cada um equivalente a um terço do salário mínimo.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp
O g1 tenta contato com a defesa de Fernando Junqueira. Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disse que ele ainda não deu entrada no sistema prisional do estado.
Ainda conforme o STF, o fazendeiro foi condenado pelos seguintes crimes:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Deterioração de patrimônio tombado
Associação criminosa armada
Ele também deve pagar, com os outros condenados, R$ 30 milhões em danos morais coletivos.
Fazendeiro Fernando Junqueira, em Brasília, nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023
Reprodução/Redes Sociais
Outros condenados na região
Em outubro, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal de Juiz de Fora, foi um dos sete condenados pelo STF. No processo, o ex-servidor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi acusado de integrar um grupo criminoso que monitorava ilegalmente autoridades públicas e disseminava notícias falsas por meio do sistema da Abin, em uma atuação que contribuiu para os ataques.
Já Robson Victor de Souza foi condenado, em junho deste ano, a cumprir 14 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.
Em fevereiro, o juiz-forano Marcelo Eberle Motta, coordenador do movimento 'Direita Vive', recebeu sentença de 17 anos de prisão em regime fechado pelos mesmos crimes.
Desde 2024, Joanita de Almeida cumpre 16 anos e 6 meses de prisão por participação nos atos antidemocráticos. Em 2023, Jaqueline Freitas Gimenez, acusada de participar da invasão e depredação da sede dos Três Poderes, teve a pena fixada em 17 anos de prisão.
VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes
