Suspeitos de desvios milionários na Apae de Bauru prestam depoimento à Polícia

  • 09/12/2024
(Foto: Reprodução)
Oito pessoas estão presas desde o dia 3 de dezembro. Investigação de desvios milionários na instituição teve início após suposto assassinato da secretária executiva da entidade pelo ex-presidente da Apae. Saiba quem são os presos na operação contra desvios milionários da Apae de Bauru Reprodução Sete das oito pessoas presas na operação que investiga desvios milionários na Apae de Bauru (SP) prestaram depoimento nesta segunda-feira (9). 📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp As oitivas, realizadas na cadeia de Avaí, onde sete dos oito suspeitos estão detidos, foram conduzidas pela Polícia Civil. Apenas Renato Tadeu de Campos, que é ex-policial militar, foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, e deve prestar depoimento nesta terça-feira (9) de forma remota. Segundo Gláucio Stocco, delegado responsável pelo caso, as oitivas foram concluídas e, até esta segunda-feira, todos os envolvidos negaram participação ou conhecimento sobre a fraude, com exceção de um suspeito que reconheceu a existência de uma situação relacionada a notas fiscais. Os suspeitos estão presos desde a última terça-feira (3) após operação que cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão em Bauru e região. Foram apreendidas armas, munições e dinheiro na operação que investiga desvios na Apae em Bauru Anderson Camargo / TV TEM As prisões fazem parte de uma investigação relacionada a um esquema milionário que teria desviado pelo menos R$ 6,8 milhões da entidade. Segundo a Polícia Civil, os crimes incluem superfaturamento de contratos, rachadinhas, pagamentos a funcionários fantasmas e transferências diretas para contas dos envolvidos. Bonificações recebidas pela secretária executiva da Apae de Bauru que foram documentadas no inquérito TV TEM/ Reprodução A investigação começou após o desaparecimento de Cláudia Lobo, ex-secretária executiva da entidade, ocorrido em agosto. Confira quem são os presos da operação: Letícia da Rocha Prado Lobo: filha de Cláudia Lobo. Letícia é acusada de envolvimento no esquema de desvio de recursos da instituição; Ellen Siuza Rocha Lobo: irmã de Cláudia, Ellen também foi presa sob suspeita de participação no esquema investigado pela Polícia Civil; Pérsio de Jesus Prado Júnior: ex-marido de Cláudia e pai de Letícia é apontado como um dos beneficiados pelas fraudes realizadas na entidade; Diamantino Passos Campagnucci Júnior: cunhado de Cláudia, casado com Ellen, Diamantino foi detido por suspeita de envolvimento no desvio de recursos da Apae; Renato Golino: ex-coordenador financeiro da Apae, Renato é investigado por seu papel administrativo na entidade. Ele pode ter facilitado os desvios; Maria Lúcia Miranda: a atual coordenadora financeira administrativa da Apae foi presa em Pederneiras (SP) e passou por audiência de custódia em Jaú (SP); Renato Tadeu de Campos: policial militar aposentado que prestava serviços de segurança à Apae. Durante a operação, armas sem registro foram encontradas em sua posse, contribuindo para sua prisão; Felipe Figueiredo Simões: a polícia não passou informações de qual seria o envolvimento de Felipe no esquema. O empresário tinha um mandado de prisão expedido por suspeita de participação no esquema que acabou não sendo cumprido durante a operação na terça-feira (3) e se apresentou com o advogado na delegacia de Pirajuí (SP) na quarta-feira (4). Suposto assassinato Segundo os investigadores, Cláudia teria sido assassinada por Roberto devido a disputas internas de poder. Embora seu corpo não tenha sido localizado, a Polícia Civil encerrou o inquérito do desaparecimento e conclui que ela foi morta. A descoberta do assassinato foi o que levou a um aprofundamento das apurações na gestão da entidade e revelou as irregularidades financeiras. Presidente da Apae é preso suspeito de envolvimento no desaparecimento de funcionária em Bauru Arquivo pessoal Acesso aos inquéritos A reportagem da TV TEM e do g1 tiveram acesso, com exclusividade, aos inquéritos policiais das investigações. Neles, estão reunidas mais de 2.500 páginas que detalham as apreensões realizadas na Apae, incluindo dados de computadores, quebras de sigilo bancário dos investigados, depoimentos de funcionários e ex-funcionários da entidade, além de trocas de mensagens entre Roberto Franceschetti Filho, ex-presidente, e Cláudia Lobo, ex-secretária executiva. Em mensagem trocada com ex-presidente Apae de Bauru, Cláudia Lobo escreveu que estava rica TV TEM/ Reprodução A investigação também revelou mais de 7 mil gravações dos ramais telefônicos da entidade, realizadas desde 2020, que expõem a naturalidade com que a organização criminosa articulava seus desvios, utilizando os próprios telefones fixos da instituição. Em uma das conversas, Roberto e Cláudia debatem, em tom casual, o pagamento de um PIX. Outro áudio, gravado três dias após o desaparecimento de Cláudia, registra uma conversa entre Roberto e Dilomar Batista, então funcionário da Apae, trazendo mais elementos para a apuração. Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília Confira mais notícias do centro-oeste paulista:

FONTE: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2024/12/09/suspeitos-de-desvios-milionarios-na-apae-de-bauru-prestam-depoimento-a-policia.ghtml


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